quarta-feira, 11 de junho de 2008

Noticia do jornal "Diário de Noticias"

Gel para úlceras aumenta mortes por cancro PATRÍCIA JESUS

Alerta. Decobertos novos riscos de gel utilizado por diabéticos Medicamento é comercializado em Portugal A agência norte-americana que regula os medicamentos, a Food and Drugs Administration (FDA), alerta que o Regranex, um gel utilizado pelos diabéticos para a cicatrização de feridas, aumenta a mortalidade por cancro. O medicamento é comercializado em Portugal e o Infarmed diz estar a acompanhar a situação.O alerta da FDA surge depois de ter recebido, em Março passado, os dados de um estudo que sugeria que os diabéticos que aplicavam este gel tinham maior incidência de cancro. A monitorização do medicamento continuou após a aprovação porque o Regranex favorece a divisão mais rápida das células. Depois de rever os resultados do estudo, a FDA concluiu esta semana que a probabilidade de morrer de cancro é cinco vezes maior para doentes que tenham usado três ou mais tubos de Regranex, quando comparado com outros que não tinham usado o gel.No entanto, não foi verificado um aumento de casos de cancro no grupo mais geral de doentes ou nos que tinham utilizado o medicamento em quantidades menores, mas a agência salienta que o estudo foi demasiado curto para detectar novos casos.Assim, a agência emitiu um comunicado em que diz que "o Regranex não é recomendado a pacientes que tenham um historial conhecido de tumores malignos."No entanto, a autoridade norte-americana reconhece que quando o medicamento é usado com bons cuidados médicos aumenta as hipóteses de cura das úlceras diabéticas, um tipo de ferida que tem poucas alternativas de tratamento. Por isso, recomenda que o gel seja usado só quando os benefícios superarem os riscos. Recomendou também que esta nova informação seja incluída na bula do medicamento. Nos Estados Unidos, a empresa que detém o Regranex já adicionou um aviso sobre este risco. A Johnson & Johnson's, que vende o produto no mercado norte-americano, disse ainda que o alerta foi emitido com base em quatro casos de cancro entre doentes que utilizarem três ou mais tubos.O Infarmed está a seguir a revisão do estudo feito pela FDA no sentido de se apurar se os benefícios oferecidos pelo medicamento são superiores aos riscos. Carlos Pires, da Autoridade nacional do medicamento disse ainda ao DN que o Infarmed seguirá as recomendações que forem decididas a nível europeu. No entanto, a Agência Europeia do Medicamento ainda não fez nenhuma recomendação.

3 comentários:

Anónimo disse...

margarida, tocou-me imenso saber da tua campanha e do teu livro. Chamo-me Paula, vivo no Porto, tenho 3 filhos que são "a minha vida". Escrevo-te porque pelo pouco que li no teu blogue fiquei comovida e identifiquei-me com a situaçao....Fez um ano em Outubro que perdi o meu pai, com um cancro nas vias biliares. foram 3 anos de sofrimento, de revolta...
ainda nao tinha feito um ano sob a morte dele, sendo assim em setembro do ano passado, o meu marido adoece e é-lhe diagnosticado cancro do pulmao...durou 5 meses!!!!
como ves...passei por duas situaçoes, uma lenta e dolorosa e outra igualmente dolorosa mas galopante! a minha vida deu uma volta e ainda hj nao encaixei nesta nova vida...
como eu entendo o que escreves!!!
eu vou comprar o teu livro
o meu email é paulalexteixeira@hotmail.com

sofialisboa disse...

vim aqui pela notícia, gostei da escrita e sobretudo pela tua garra. parabéns pela tua ajuda. eu também tive um cancro que por sorte e muita atenção minha foi tratado e hoje estou curada. lembro-me de falar nisto ás pessoas e todos fogem e tem medo de ouvir, é uma doença que nos faz sentir ainda mais sós. sofialisboa

Anónimo disse...

priminha,quero só desejar-te muitas felicidades,e dizer-te que tenho muito orgulho no teu trabalho, apesar de só agora te enviar o comentário , sabes bem o que penso...muitas jokinhas, muita força, e dou-te a certeza que tudo vai correr pelo melhor. "gosti" ;)