domingo, 13 de julho de 2008

Apresentação da obra "olho Neles"

São 00h58m.Acabei de chegar de Campo Maior.Fui lá fazer uma apresentação do meu livro.
Torna-se muito engraçado, o percurso que temos de fazer para mostrar ao mundo um pouco de nós...
Ali,tirando o facto de quase ter morrido de "secura", deixem-me dizer-vos que adorei esta oportunidade...Campo Maior é simplesmente fantástico!
Deparei-me com um jardim não muito grande,mas muito acolhedor...havia imensa gente a passear, que por dez minutos me disponibilizaram a sua atenção...Gentes com a arte de bem receber...simplesmente adorei!
Escusado será dizer, que mais uma vez,pessoas se deslocaram até mim para falar sobre cancro...
Uns tiveram familiares que se curaram, e outros que não...
Daí é muito importante que as pessoas compreendam a importância da prevenção!
Participem em acções de rastreio.Procurem os vossos médicos.Eles tem o dever de vos informar o que devem fazer...
Um beijo especial para Campo Maior e o meu obrigada.

Dia 19 de Julho, 17 horas, no Auditório em Portalegre
Dia 26 de Julho, 17 horas, no Parque em Castelo de Vide

2 comentários:

sofialisboa disse...

são terras lindas! sofialisboa

Joaquim Maria Castanho disse...

...

Perdoo-me esta insanidade de sentir-te indomável
Solta sobre o meu corpo na soletração insubmissa
Subjugando-o ao fogo arguto do voo insaciável
Redimensionado no táctil augúrio, dígita premissa;
Que nem fátuo arco-íris entre Vénus e Mercúrio,
No manto azul terreno envolvendo a névoa loa
Mas já nebulosa intemporal adormeço naufragado
Sonhos de corromper o instante tido em si destoa.
Que das ondas sou sempre o outro lado do centúrio
Fustigado, elo e coroa nos corais de mim compartido.
Aí, a seiva que brota em espuma se desfaz no areal
Fui eu a rapariga, enquanto tu o rapaz cavalheiro
Gentil que sulcando em lemes o mar todo e inteiro,
Tremes porém no imo abraço derradeiro mas plural
Ao que explodindo em ti a minha lava de quente bruma
Vulcão assim me (re)tornei homem que em ti se esfuma
E tu, a praia fértil que o (a)mar cava em eterna espiral!

Havia silêncio no pôr do sol, depondo as vestes da ousadia
A resvalada réstia dos ocasos alvorados e nascidos dia a dia
Astro a astro, numa sinfonia infinita compondo o alfabeto
Do mundo a dedilhar arcanjos amputados do grito secreto
No golpe das asas... Asas? Só as que a imaginação nos dá!
Essas sim, que são seguras e verdadeiras de forjar órbitas
Plenas e centrípetas, não ícaras sombras no lado de lá do lá,
A fazer autênticos alqueives e sementeiras de acordar acólitas
Da vida, quais obreiras de produzir o trigo que em nós há...

Pão de searas selvagens os corpos se equilibram e balançam
Incandescentes de bem-querer na vida suspensa dum cordel
Notas de solfejo na paleta colorida das diferenças se abraçam
Na magia simples de arrotear encontros que os peitos cruzam
De eu e tu, tu e eu, do eis à flor da pele, na entrega absoluta
Colhendo sem dor nem luta, das pétalas a cor, e do pólen... o mel!